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(Abertura)
Autor: Davide Silva
Supervisora: Rosa Silva 🌹
Capítulo 1
Um Veneno Inusitado
Diego estava em uma cela na carroça para ser vendido, quando a porta de ferro se abre. Um homem grande surge e o puxa pela corrente em seu pescoço. Atado e sem poder fazer nada, ele sai da cela com os pés descalços sobre a calçada fria, sendo arrastado até uma prisão dentro do castelo.
Ao ser empurrado, cambaleia e cai sobre um monte de palha suja. O guarda aponta para aquilo e diz que é sua cama, jogando-lhe um pouco de água nas mãos. Diego tenta beber o que consegue, até que pedaços de pão são atirados ao chão. Sem escolha, ele se abaixa e come o que pode. Ao olhar em volta, percebe duas moças e mais um homem na mesma situação. Exausto, encolhe-se na palha, tremendo de frio e esperando o destino que o aguardava.
Na manhã seguinte
Diego desperta com gritos e pancadas nas grades da cela. Um guarda o aponta e logo dois homens o arrastam para fora. Levam-no até uma sala chamada “banho”. Lá, despejam sobre ele água fervendo; sua pele fica vermelha, o toque é agonia pura. Sem compaixão, os guardas jogam-lhe roupas: uma camisa e calças ásperas. Diego, com o corpo em chamas de dor, veste-se como pode, sabendo que, se demorasse, eles fariam à força.
Batendo à porta, é puxado novamente. A corrente é retirada de seu pescoço, e ele é empurrado para fora, recebendo ordens de seguir um caminho.
Ao atravessar a porta, vê uma mesa enorme, preparada para o banquete real. O chefe da cozinha ordena que ele arrume os talheres e pratos, sirva vinho nos cálices e água nos copos.
Quando termina, observa o rei descer, seguido da rainha, auxiliada por sua aia que segurava o vestido para evitar tropeços. Assim que a rainha se acomoda, a aia vai até Diêgo era a mesma jovem que ele vira na cela.
Aia: Meu nome é Vicky. Estou presa com você. Conte comigo para superar essas feridas. Eu arranjarei algumas pomadas para a cela, por favor, aguente mais um pouco. Vejo a dor em seu rosto.
Diego: Vicky, não se coloque em perigo por mim. Eu aguento.
Logo, os nobres tomam seus lugares e começam a exigir serviço. Diego, junto de outros escravos, passa a servi-los.
Enquanto enchia taças de vinho, sente a mão de uma nobre percorrer suas pernas feridas.
Mulher nobre: Este aqui até tem músculos agradáveis de se tocar disse em voz alta, olhando para outra dama, enquanto deslizava a mão pela barriga de Diego.
Ele permanece calado, tremendo de dor, mas continua servindo. Em seu íntimo, percebe que não passava de um objeto para aqueles porcos.
Ao voltar para o canto dos escravos, Vicky murmura, com raiva contida:
Vicky: Essa é a nossa rotina. Não passamos de meros instrumentos e objetos... nojentos.
Diego encara Vicky, indignado. Mas antes que pudesse responder, a rainha a chama e, por um momento, a dispensa.
Quando retorna, Vicky está visivelmente nervosa.
Diego: Ser dispensada não é algo bom?
Vicky: Não para mim nem para nenhuma mulher aqui. A rainha sabe, mas nada pode fazer. No fim, são sempre os homens que mandam.
Diego sente o peso daquelas palavras e um arrepio percorre sua espinha.
Diego: Por favor, não fale mais disso aqui. Eu já entendi até onde eles podem ir. Senti aqueles toques miseráveis! Se fazem isso com um homem, nem quero imaginar o que fazem com uma mulher.
Continua...
(Encerramento)
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