O Segredo De Um Passado Capitulo 19

 

Logotipo da web Novela O Segredo De Um Passado
(Foto:Divulgação)

                                            (Abertura)


*Novela:*


*O SEGREDO DE UM PASSADO.*

🗝🚪🔑


*Capítulo 19.*

                 

*Enquanto isso, nos EUA.*


Entediada de ficar no hotel assistindo a filmes o dia todo, *Rosa* decide sair para dar uma volta no Shopping Gallery Dallas. Ela se veste elegantemente, solta o cabelo, se maquia e em seguida sai. Ao chegar, ela anda distraída pelo shopping enquanto observa as vitrines das lojas. De repente, *Rosa* esbarra em uma mulher enquanto anda e as bolsas de ambas caem no chão. *Rosa* fica indignada com a mulher e sem nem ao menos pensar, diz: 

— Você é cega? Olha o que fez com a minha bolsa! 


Sem jeito, a mulher pega do chão a bolsa de *Rosa* e devolve para ela, dizendo: 

— Me desculpe, senhora. Eu não a vi. Sou mesmo uma desastrada!


*Rosa* fica surpresa ao notar que a moça também falava em português. Ela lhe pergunta: 

— Você fala em português? É brasileira?


*Silmara* responde:

— Ah, me desculpe. Eu nem percebi que estava falando em português. Sim, eu sou brasileira. Eu estou aqui nos Estados Unidos há alguns anos. Vim procurar por uma vida melhor, mas nada deu certo até hoje. Estou à procura de emprego. Achei que poderia encontrar uma oportunidade aqui no shopping, mas está difícil. A senhora também é brasileira?


*Rosa* diz:

— Não, sou americana, mas já morei por muitos anos no Brasil. Bem, já que você está procurando emprego e fala português, acho que posso te ajudar. Como é mesmo o seu nome?


*Silmara* responde dizendo: 

— Meu nome é *Silmara Silva,* senhora. E o da senhora? 


*Rosa* responde:

— Muito prazer, *Silmara.* Meu nome é *Rosa Dulf.*


*Silmara* diz:

— O prazer é meu. Como a senhora acha que poderia me ajudar? Sabe de alguma oportunidade de trabalho que possa me indicar?


*Rosa* responde:

— Tenho uma proposta de trabalho para lhe fazer. Se você tem interesse em ouvir, vamos até o hotel onde estou hospedada. Lá eu te explico melhor. O que acha? 


*Silmara* diz:

— Sim, senhora. Eu posso acompanhá-la sem problema algum. 


Esperançosa com a possibilidade de encontrar um emprego e finalmente poder sair da situação difícil em que vivia, *Silmara* acompanha *Rosa* até o hotel.


Foca em *Rosa* e *Silmara* chegando ao hotel. *Silmara* fica boquiaberta ao observar a entrada do *Hotel Dallas.* Ao perceber a admiração da mulher, *Rosa* lhe diz: 

— Vejo que você nunca esteve em um lugar assim antes, não é mesmo?! 


*Silmara* responde:

— Eu?! Eu nunca estive mesmo, senhora. Esse lugar é muito bonito. 


*Rosa* diz:

— Se você o acha lindo por fora, imagine quando olhar por dentro. Bem, vamos entrar! 


*Silmara* e *Rosa* entram no hotel e *Silmara* fica ainda mais surpresa com todo o luxo que vê. Elas sobem até o andar em que *Rosa* está hospedada e entram no quarto. *Rosa* diz: 

— Pronto, chegamos. Agora, entre e sente-se. Fique à vontade.


*Rosa* aponta para o sofá à sua frente enquanto fala com *Silmara* e pergunta:

— Você aceita tomar alguma coisa, um copo d'água, um cafezinho ou mesmo um chá gelado?


*Silmara* responde:

— Eu acho que vou tomar um chá, se tiver.


*Rosa* responde:

— Tem sim. Vou preparar. Volto num instante para a gente conversar e nos conhecermos melhor, Ok? Fique à vontade.


Sem jeito, *Silmara* diz:

— A senhora não quer que eu mesmo faça?


*Rosa* responde:

— Não precisa. Tem uma máquina de chá aqui. Já trago.


*Silmara* diz:

— Senhora, não quero incomodá-la. A senhora não pode me servir! 


*Rosa* percebe que *Silmara* estava envergonhada ao pensar em ser servida por ela e diz:

— É só um chá, *Silmara.* Não se preocupe. Eu já venho. 


*Silmara* responde:

— Obrigada, senhora. 


*Rosa* volta com o chá de *Silmara,* que pega a xícara sem jeito e tímida. Enquanto tomam o chá, *Rosa* conversa com *Silmara,* que lhe conta como foi sua chegada aos Estados Unidos. Ela havia percebido que *Silmara* é uma mulher muito simples, de origem humilde, por isso ela se interessou em saber mais sobre sua história, a fim de tentar ajudá-la a arranjar um emprego. *Rosa* pergunta:

— Você tem filhos, *Silmara?*


*Silmara* responde:

— Sim. Tenho uma filha.


Curiosa, *Rosa* pergunta:

— Você a trouxe com você para os EUA?


Sensibilizada pela pergunta, *Silmara* deixa lágrimas rolarem por seu rosto enquanto se lembra de tudo que viveu. *Rosa* fica tensa ao achar que fez uma pergunta inconveniente para ela e diz: 

— Me desculpe. Acho que foi inconveniente da minha parte lhe perguntar isso. Vamos mudar de assunto. Ok?


*Silmara* responde:

— Não, senhora. Eu que lhe peço desculpas. Falar sobre minha filha mexe comigo, mas eu não me importo em falar dela. É uma forma de mantê-la viva dentro de mim.


Consternada, *Rosa* diz:

— Meus sentimentos, *Silmara.* Não posso imaginar como é a dor de perder uma filha. 


*Silmara* interrompe *Rosa* e diz:

— Me desculpe, senhora, mas não é isso. Minha filha não morreu. Eu vou explicar melhor o que aconteceu.


Confusa, *Rosa* diz:

— Você se sente confortável ao falar sobre isso?


*Silmara* diz:

— Me sinto, sim.


*Rosa* diz:

— Então fale. Vai ser um prazer poder ouvir a sua história, *Silmara.*


*Silmara* relata para *Rosa* como tudo aconteceu, desde o início. Ela diz: 

— Eu sou filha única de um casal de camponeses. Meus pais eram o senhor *Adão Silva* e *Eva Silva*. Eles me diziam que nunca conseguiram ter filhos biológicos. Foi então que eles conheceram uma moça nova e muito bonita, ela tinha uns 14 anos de idade. Na época, essa moça havia sido enganada pelo namorado, ela se entregou para ele. A moça era pura, mas rapidamente descobriram que ela estava grávida. Quando seus pais descobriram a gravidez, essa menina foi expulsa de casa, pois eles disseram que não aceitariam ter uma filha perdida morando dentro de suas casas. Sozinha e sem ter para onde ir, a moça entregou o bebê recém-nascido aos meus pais adotivos. Essa criança sou eu. 


Ao ouvir a primeira parte da história, *Rosa* se comove e deixa lágrimas rolarem por seus olhos. *Silmara* percebe e pergunta:

— Deseja que eu pare de falar, senhora?


*Rosa* responde:

— Não. De forma alguma, *Silmara*. Quero ouvir tudo que você tem a dizer. Continue, por favor. 


*Silmara* retoma a história e continua, dizendo:

— Depois que essa moça me deixou aos cuidados dos meus pais adotivos, eles nunca mais souberam notícias dela. Ela simplesmente sumiu.


*Rosa* pergunta:

— Então você nunca soube o paradeiro dessa mulher, quer dizer, de sua mãe, sua mãe biológica?


*Silmara* responde:

— Não. Eu nunca soube. A única informação que tenho sobre ela é que seu nome é *Renata*.


*O SEGREDO DE UM PASSADO VOLTA AMANHÃ!*🗝️🚪🔑



                                         (Encerramento)



Comentários