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*ENCONTRO MARCADO* 🛐
*Capítulo 18 – Última semana • 13/10/2021*
Ali – Obrigado, mil vezes obrigado por compartilharem essa experiência comigo e por me permitirem rever meu pai e perdoá-lo.
Sarayu – Seu penúltimo dia nessa jornada tinha que ser especial, Alison, e o último será ainda mais.
Jesus – Você mudou tanto desde o primeiro dia, realizou um grande feito esta noite, liberou perdão, tirou um peso que o torturava e o impedia de confiar no amor paterno. Agora nunca mais será o mesmo.
Papai – É isso aí, bom, pessoal, vamos voltar para a nossa cabana, já está quase na hora do jantar. Chega de emoção por hoje.
*Os quatro voltam caminhando até à cabana.*
*JOSEPH – COLORADO*
*Na caverna, Éric responde a pergunta de Kate.*
Éric – Por que eu sou assim? Não é da sua conta, eu simplesmente sou, não enche meu saco.
Kate – Eu não acredito que alguém seja tão perverso e maquiavélico à toa não, algo que aconteceu com você o transformou nesse monstro. Me diz o que foi.
Éric [Gritando] – Cala a boca! Você tá ousada demais pro meu gosto... quer saber? Gostei de você, poderia estar agora implorando pela sua vida e tentando me bajular, mas em vez disso me desafia. Pois bem, já que quer saber, eu vou contar.
*Enquanto isso, na casa de Abigail, a equipe do FBI vasculha canto a canto do lar em busca de informações pertinentes.*
Selton – Achei um álbum, nele só há fotos do tal Éric com a mãe, Abigail, nenhuma com o pai e em várias ele aparece com materiais religiosos, rezando nessa casa ou em um colégio de freiras. As fotos se limitam a isso.
– Talvez ele não tinha vida social e nem pai.
Selton – Pode ser, vamos usar isso na investigação, Deus queira que a Ana tenha conseguido tirar algo daquela velha. Agora vamos embora, a gente vai se hospedar em uma pousada próxima para continuar as buscas por Kate amanhã.
*No FBI, Smith começa a interrogar Abigail e o escrivão se prepara para digitar.*
Smith – Pois bem, dona Abigail, a senhora já pode começar abrindo o bico para contar toda a verdade, ou as coisas podem piorar para o seu lado. A senhora admite ser cúmplice do seu filho, Éric, em seus assassinatos e ocultações de cadáveres? Admite acoberta-lo dentro de sua própria casa? Responda!
Abigail – Assassinatos? Ocultações de cadáveres? Não, meu filho seria capaz de tais atrocidades, eu não acobertei nada, porque ele não cometeu crime nenhum.
Smith – Está mentindo! Olha, que a coisa vai ficar feia para o seu lado se não cooperar.
Abigail – Eu tô dizendo a verdade, se ele cometeu algum crime eu juro que não sabia. Que crimes foram esses?
*A agente pega as pastas com os crimes cometidos por Éric e mostra as fotos de cada caso em investigado.*
Smith – Cada caso é de uma criança do sexo feminino desaparecida e dadas como mortas, pois a cada desaparecimento vestígios de assassinato eram deixados e a marca registrada era deixada em algo da vítima, que era um broche de onça com uma quantidade a mais de pintas, o que representava o número de vítimas. Veja aí todas as meninas, a idade oscilava entre cinco a onze anos.
Abigail – Isso é chocante, mas o que prova que foi meu filho o responsável?
Smith – Esta foto aqui, a irmã da quarta vítima tirou pouco antes da menina desaparecer, e por sorte captou o maníaco bem na hora. Se trata de seu filhinho escondido só esperando a oportunidade de atacar. Seu filho é um assassino de garotas inocentes, onde ele está escondido? Onde estão os corpos das vítimas?!
*Abigail fica horrorizada com as barbaridades que o filho cometeu e começa a chorar.*
Abigail [Chorando] – Meu filho não, meu filho não, é tudo minha culpa ele ter se tornado esse monstro, eu sou a pior mãe do mundo. Me perdoa, Deus, me perdoa, virgem santíssima.
Smith – Culpa por quê? Senhora, eu não tenho tempo pra isso, me responda agora!
*A mãe do criminoso começa a ter convulsões e espuma pela boca.*
Smith [Nervosa] – Socorro, me ajudem, ela tá tendo um AVC.
*Enquanto isso, na caverna, Éric conta, sentado, seu passado a Kate.*
Éric – Nunca pude ser uma criança como as outras, não brincava, não me divertia, não saia, vivia sob um regime ditatorial comandado pela minha mãe, que era uma fanática religiosa e me proibia de viver socialmente. Segundo ela, o mundo era pecaminoso demais e eu me contaminaria se saísse de casa, eu era obrigado a fazer rituais religiosos o tempo todo sem entender, uma vez eu dei uma escapada pra brincar e ela, ao descobrir, me submeteu a um tratamento de tortura como castigo. Me espancou com um chicote e me deu choque elétrico para "limpar" as impurezas que peguei ao sair. Depois fui colocado em um internato de freiras, por ser o lugar mais santo para minha educação.
Kate [Abismada] – Isso é um absurdo, e onde estava o seu pai
Éric – Pai? Eu nunca tive um pai, meu pai morreu de ataque cardíaco quando eu era recém-nascido.
Kate – Eu sinto muitíssimo por você ter tido um monstro como mãe que te transformou em um monstro também.
Éric – Não fala assim da minha mãe, só quem pode falar dela sou eu, lava essa sua boca! Ela também me ensinou que meninas não prestam, que mulheres possuem um potencial demoníaco desde o nascimento, por isso muito menos tive amigas, ela afirmava que garota boa é garota morta, pois só assim os demônios pré-destinados seriam expulsos.
Kate [Chocada] – Vocês são dois doentes, sua mãe é uma maluca religiosa e tão criminosa quanto você.
Éric – Agora já chega! Pare de insultar minha mãe, ou vai se arrepender. Dorme aí, eu não tô a fim de mata-la agora, amanhã vai ser melhor. Bons sonhos, querida.
*O maníaco de deita em um colchão no chão para dormir e Kate fica afligida na cadeira.*
*NO DIA SEGUINTE...*
*No chalé, Alison sente uma mão o sacudindo pelo braço e acorda.*
Papai – Está na hora de irmos!
*Deus abre as cortinas e a janela, deixando a claridade entrar no quarto e Ali enxerga com dificuldade, até perceber que Papai está em forma masculina: cabelos brancos longos e presos num rabo de cavalo, bigode grisalho, camisa branca de manga comprida, calça preta e sapatos de caminhada.*
Ali – Papai?
Papai – Isso mesmo, filho.
Ali – Tá de brincadeira comigo, não tá?
Papai – Sempre, filho. Nessa manhã você precisará de um pai, se arrume e desça para tomar café antes de irmos, não demore.
*Na sala de refeições, o pai de Ben toma café e Jesus chega com Sarayu.*
Sarayu – Guarde esse pano com você, Ali, dentro dele tem um cheiro incrível que, fechado já dá pra sentir, imagina aberto. São de algumas plantas e flores que colhi, Papai vai ensiná-lo a usar.
Jesus – Abba, as ferramentas que precisam estão lá fora, em frente à porta, vamos indo agora. Até daqui a pouco.
*Jesus e Sarayu beijam as mãos de Papai e vão embora.*
*HOSPITAL DE DENVER*
*Abigail acorda no leito após a realização de exames.*
Abigail – Doutor, por favor, arranje-me papel e caneta, sinto que não vou resistir à retirada dos coágulos no cérebro. Preciso fazer o que é certo.
*O doutor consegue o papel e a caneta e a mãe de Éric escreve as coordenadas para chegar até o esconderijo do filho.*
Abigail [Pensando] – Conheço aquele lugar, ele com certeza está lá, me perdoa, meu Deus, eu sou a culpada de tudo.
*AGÊNCIA FBI*
Smith – A velha descreveu como chegar ao abrigo do bandido, mandaram uma foto por WhatsApp direto do hospital pra mim. Vamos imediatamente, o maldito com certeza tá lá!
Selton – Não tenho dúvidas, Kate também, e os corpos das vítimas. Vamos!
*Enquanto isso, após caminharem mais a fundo da floresta e subirem um pequeno monte, ambos chegam ao destino.*
Papai – Chegamos, hoje você verá uma coisa que vai ser dolorosa demais, mas para ver, será preciso tirar mais uma coisa que perturba o seu coração.
*O esposo de Nora para pra pensar no que perturba seu coração e no que pode ser doloroso e chega a uma conclusão.*
Ali – Dolorosa? É Missy? Tirar algo que me perturba para poder vê-la? Não, isso não, eu não posso perdoar aquele miserável que tirou a vida da minha Missy!
*_Não perca o próximo capítulo_*
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