Encontro Marcado Capítulo 16

 

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*ENCONTRO MARCADO* 🛐

*Capítulo 16 – Última semana • 11/10/2021*

Nora – E então, vai negar que abusou da inocência da pobre da Mary, seu desgraçado? E você, Olívia, vai negar que permitiu que sua filha sofresse nas mãos desse crápula e não escutou ela?

José – Não, eu não nego, eu fiz tudo que fiz sim, mas o que eu fiz de mais? Sou homem, servo de Deus e estou acima nessa família, e minha esposa e minha filha me devem submissão, têm que se submeter a o que eu quiser. Inclusive, eu participei do projeto para ajudar crianças carentes porque adorava ficar perto das meninas e agrada-las. *[Rindo]*

*A mãe de Kate é tomada pela fúria e dá dois socos bem forte no rosto do falso profeta.*

Nora – Ridículo, nojento, pessoas como você são o câncer do mundo, tanta gente como você também se esconde atrás da Bíblia e atrás do púlpito, mas por trás fazem o que há de pior.

Olívia – Eu sabia de tudo que meu marido fazia, mas justamente como ele disse, devemos submissão a ele, e eu não fugiria jamais dos princípios que nosso Deus preparou para nossa família e que o mundo afora quer destruir. Pensei que nossa filha não fosse contar a ninguém, por ter consciência desses princípios.

*A esposa de Ali dá também um socão no rosto da megera e um tabefe.*

Nora [Enfurecida] – Idiota, você é a pior mãe do mundo, maldito seja o dia em que te conheci e me tornei sua melhor amiga, esse tempo todo eu admirava um monstro, aliás dois monstros, vocês não são pessoas de Deus nem aqui nem na China. Submissão não tem nada a ver com aceitar abusos e sofrer se conformando, é uma relação de amor, respeito e igual divisão de trabalho, é sobre amar como Cristo amou a igreja. Ele teria vergonha de vocês dois!

*Mary se aproxima do pai e o dá um chute no saco escrotal.*

José – Ai, sua pirralha maldita, isso vai ter volta, o Senhor vai te castigar por esse delito gravíssimo que cometeu.

Nora [Estapeando o criminoso] – Cala essa sua boca, com essa pobre criança você não vai fazer mais nenhuma maldade, eu te mato primeiro.

Mary – Mamãe, você é muito má, eu odeio você!

Nora – Minha filha foi abusada e morta por um maníaco de garotinhas, em vocês eu vejo ele, vejo alguém que mata crianças inocentes, seja literalmente ou por dentro, com os traumas que causa para o resto da vida. Gente que mata os outros usando nosso Deus todo poderoso como desculpa, gente sem caráter, mas enquanto eu viver vou lutar para denunciar um por um e salvar quem eu puder! 

Nora – Podem levar esses criminosos, policiais. Na cadeia eles vão ver o que é bom.

*O casal é levado e Olívia chora quando entra no carro, enquanto José segue friamente.*

Nora [Abraçando Mary] – Acabou, meu bem, acabou! 

*NO DIA SEGUINTE…*

*Kate e Ben observam de longe dentro do carro de Ali com um binóculo a frente do FBI.*

Ben – Não sei onde eu tava com a cabeça quando resolvi embarcar nessa sua loucura.

Kate – Você conhece muito bem a irmã que tem, sabe que não aceito não como resposta. A agente jurou mesmo que eu vou perder o assassino miserável sendo pego. Te chamei, porque é de maior, sabe dirigir e tem carteira, senão eu ia só.

Ben – Mas não ia mesmo, vamos ter que pensar em como nos resolver com a mamãe depois.

Kate [Observando] – Olha lá, a equipe da Ana saíram e estão entrando nos carros. Segue eles, rápido!

*A equipe percorre a estrada e os Williams os segue.*

Ben – Essa casa pelo visto é bastante longe, ainda bem que abasteci o tanque, mamãe vai nos matar.

Kate – Com ela a gente se resolve depois, eu trouxe algumas coisas necessárias para a nossa segurança, trouxe o canivete do papai, um facão e um celular antigo de emergência. Nunca se sabe.

*Enquanto isso, no chalé, o marido de Nora desce e é atraído por um cheiro de café vindo da cozinha, então vai até lá.*

Ali – Que cheiro delicioso, tem alguém aí?

Papai [Gritando da varanda] – Estou aqui fora, Ali, pode pegar um pouco de café e vir até aqui.  

*O pai de Missy enche uma xícara com café e vai para a varanda, onde encontra a mulher negra sentada de óculos escuros e com os olhos fechados pegando sol.*

Ali – E Deus tem tempo de pegar sol? Não tem coisas mais importantes para fazer?

Papai – Você nem tem ideia do que estou fazendo agora. Senta aí e come os bolinhos que preparei, receita de sua avó materna, agradeça quando a reencontrar.

Ali [Rindo] – Espero que esse dia não chegue tão cedo. Papai, me desculpe por ter sido tão duro com você.

Papai – Hum, Cíntia deve tê-lo afetado.

Ali – Afetou mesmo, nem imaginava que tava a julgando, fui um tremendo arrogante.

Papai – Porque de fato estava, mas isso ficou para trás, e lá deve permanecer. O importante é que agora possamos crescer juntos, não se martirize mais.

Ali – Jesus me contou tudo, muito obrigado por me deixar ver minha filha.

Papai – Não há de quê, isso me alegrou muito, mal via a hora de colocar vocês dois frente a frente. Ela é tão especial, gosto dela dessa forma.

Ali – Eu também, mas espera, foi necessário que a Missy morresse para que eu fosse mudado? Se aquilo não tivesse acontecido eu não estaria aqui.

*Enquanto isso, a equipe do FBI chega ao paradeiro da mãe do suposto assassino em Joseph. Ben e Kate estacionam o carro próximo de uma árvore distante para observarem.*

Kate – Estão batendo na porta, olha, uma senhora atendeu e eles entraram, enquanto há uns que rodearam a casa para vigiar.

Selton – A casa é pequena, olhamos em tudo quanto é canto e nenhum vestígio do bandido.

Smith – Droga! Vamos interrogar aquela senhora então, ela talvez possa nos dar alguma informação relevante.

*NA CABANA*

Papai – Alison, não é assim que as coisas funcionam, eu consigo criar um bem fantástico a partir de tragédias incalculáveis, porém isso não quer dizer que eu as orquestre. Não pense que para fazer o bem é necessário que eu provoque o mal antes. A graça não depende da presença de dor, mas na dor você pode encontrar a graça de várias formas.

Ali – Queria tanto que a Nora estivesse comigo pra ver nossa filha, seria maravilhoso, mas não contei a ela sobre o bilhete para não causar-lhe ainda mais dor.

Papai – Não, Alison! Você mentiu descaradamente, não contou a Nora porque teve medo de enfrentar as emoções que poderiam surgir tanto dela quanto de você, isso te amedronta. Na realidade, você mentiu para se proteger apenas. Sua mentira afetou seu relacionando com ela e o dela comigo, caso contrário ela poderia estar aqui conosco.

Ali – O que faço então?

Papai – Conte a ela e peça perdão.

Ali – Mas e se ela não me perdoar?

Papai – É um risco que a fé corre, talvez ela não queria ou não possa perdoa-lo, mas ser um contador de verdades é um milagre muito maior que ressuscitar os mortos.

Ali – Complicado, de fato eu não entendo muito dos relacionamentos. Também não entendo você ainda assim me amar.

Papai [Levantando] – Ai ai ai, esses homens, às vezes são tão idiotas.

Ali [Expressão de surpresa] – Acabei de ouvir Deus me chamar de idiota?

Papai [Rindo] – Se a carapuça serviu, sim, senhor. Se a carapuça serviu…

*Em Joseph, a mãe do suposto maníaco é interrogada, mas a equipe não consegue uma informação importante.*

Smith – Droga, droga, droga, droga. Essa velha era nossa única esperança de pegar de vez o maldito, algo me diz que ela tá mentindo pra acobertar o filho.

Selton – Também suspeito isso, mas infelizmente não há como arrancar a verdade dela. Inferno!

Ben – Bom dia, agente e policial.

Smith – Eu não tô acreditando que vocês vieram, vocês perderam a noção do risco em que se meteram? 

Kate – Desculpa, é que a ansiedade tava me matando, não queria perder a cena do miserável sendo pego, só que pelo visto foi tudo em vão… gente, pera aí.

*Ao virar, a filha de Ali percebe alguém escondido entre os arbustos e, ao observar com o binóculo, enxerga o assassino, que sai correndo.*

Kate [Gritando] – É ele, é o maníaco! 

*_Não perca o próximo capítulo…_*

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