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*ENCONTRO MARCADO* 🛐
*Capítulo 13 • 06/10/2021*
*O sangue de Ali ferve e ele segue fazendo expressões de fúria, enquanto a sabedoria se mantém firme e paciente. Ela se levanta da cadeira.*
Cíntia – Venha, sente-se aqui! Está aqui para o julgamento, Alison? Por que não vem?
Ali – Espera, agora estou entendendo, eu morri, não foi? Por isso posso ver Papai é Jesus, e estou aqui para ser julgado. Há quanto tempo eu morri?
Cíntia – Alison, você não está morto!
Ali – Mas não vim para o julgamento? Então como vou ser julgado se estou vivo ainda?
Cíntia – Você veio para o julgamento sim, só que você será o juiz que vai julgar.
Ali – Não entendi, não tenho competência alguma para julgar.
Cíntia – Ah, tem, e como tem. Já demonstrou ser bastante capacitado para esse posto durante nossa conversa. Além de todos os julgamentos que você fez sem nem ao menos conhecer as pessoas, usando a beleza exterior e muitos outros conceitos. Pois bem, hoje poderá colocar em prática essa habilidade.
*A sabedoria bate na cadeira e bate novamente para o pai de Ben sentar. Ele hesita, mas acaba cedendo e senta.*
Ali – O que eu terei de julgar?
Cíntia – O que não, quem! Que tal começar pelos gananciosos que exploram os pobres? Pelos que causam guerras? Ou então pelos homens que agridem as mulheres? Não, melhor, pelos pais que batem nos filhos sem razão?
*O marido de Nora se fecha e não consegue olhar fixamente nos olhos da mulher e nem respondê-la.*
Cíntia – Vamos mais além, o abusador e assassino de garotas inocentes, ele tem que ser condenado?
*A sabedoria mostra em um telão os momentos em que Missy é raptada pelo maníaco.*
Ali [Enfurecido] – Tem! Ele deve ser condenado ao inferno e arder nas profundezas dele!
Cíntia – E a mãe dele? A pessoa responsável por transformá-lo nesse homem que se tornou, deve ser condenado também?
*No telão é mostrado o maníaco sendo torturado pela mãe quando criança.*
Ali – Sim! Ela também deve!
Cíntia – Para onde mais iremos voltar, Alison, seguindo essa lógica? Até Adão e Eva? Por que paramos aqui? E Deus? Ele deve ser culpabilizado por permitir que a aquela alma maldosa tirasse a vida de Missy mesmo tendo poder para impedir?
Ali – Deve! Deus é culpado por toda minha desgraça!
Cíntia – Certo, e este garotinho que está vendo, você o julga?
*No telão, um menino geme no chão machucado e cortado no rosto e nos braços.*
Ali [Espantado] – Claro que não, por que eu o julgaria? É só uma criança.
Cíntia – Mas você já o julgou, Alison, esse menino se trata de seu pai, Joel. Pois bem, se julga Deus com tanta afirmação, então pode julgar o mundo inteiro também. Escolha um de seus dois filhos para viver a eternidade no paraíso e outro para perecer nas trevas!
*DENVER – COLORADO*
*Nas ruas, o motorista do Uber persegue o ladrão de moto.*
Kate – Não perde ele de vista, moço, pelo amor de Deus. Ele tá levando a salvação da minha família!
*Durante a perseguição, o motociclista se desequilibra e cai da moto ao desviar de um carrinho de frutas e verduras. Ele levanta e corre para a calçada.*
Kate – Eu vou atrás dele, continuem seguindo!
Ben – Kate, não!
*A filha de Nora sai do carro e corre atrás do bandido. Eles passam por vários vendedores e o assaltante derruba algumas vendas.*
*A irmã de Ben pega uma cadeira de um vendedor e joga contra o ladrão, que cai com o celular no chão e ela pega de volta. O carro do Uber chega na hora.*
Kate – Aqui não, comigo não tem bagunça, meu amor. Some daqui, antes que eu chame a polícia, vai, um, dois, três! *[Contando rápido]*
*O bandido sai correndo e Kate entra no carro.*
Ben – Essa é minha irmã, mandou bem, hein.
Kate – A adrenalina é uma coisa, viu, já posso disputar corridas olímpicas depois dessa. Mete o pé agora, motora.
*Enquanto isso, na caverna, o melhor amigo de Willie fica perplexo com o que Cíntia acabara de lhe pedir.*
Ali – Que loucura está me pedindo? Eu não posso fazer uma coisa dessas.
Cíntia – Você deve, Alison, escolha bem. Você não acredita que Deus, mesmo amando seus filhos incondicionalmente e os conhecendo como ninguém, os condena ao inferno seletivamente sem dar uma chance sequer, pode fazer o mesmo. Anda, Alison, escolha um dos dois, Kate ou Benjamin!
Ali [Atormentado] – Para, eu não posso fazer isso, para!
Cíntia – Pode e deve, não parece uma escolha difícil, olhe Kate, ela mudou muito com você desde a grande depressão, se tornou mais rebelde, respondona, se afastou e o desonrou. *[Mostrando os irmãos no telão e os conflitos]*
Ali – É minha filha, a amo independente do pecado que tenha cometido contra mim.
Cíntia – Você como juiz deve fazer uma escolha, da mesma forma que acha que Papai escolhe com facilidade sem hesitar. Vai, Alison, escolhe agora!
Ali [Abaixando a cabeça] – Chega, chega! Não quero mais ser o juiz, eu não quero! Não farei isso.
Cíntia – Mas tem que fazer!
Ali – Não posso!
Cíntia – Pode!
Ali – Não devo!
Cíntia – Deve!
Ali [Gritando] – Não, não, não e não! Será que não há como me mandar no lugar deles? Se for para condenar, que condene a mim, eu prefiro ser torturado e sofrer no lugar dos amores da minha vida. *[Chorando de joelhos diante dela]*
Cíntia [Enxugando as lágrimas dele] – Alison, está usando a linguagem de Jesus agora, julgou corretamente agora, afirmou que eles merecem o amor, mesmo que isso custe a sua vida, essa é a forma de Cristo amar.
*De repente uma cachoeira aparece no lugar do telão e Ali vê um lindo jardim cheio de pessoas se divertindo. Ele levanta e, ao se aproximar, avista Missy brincando com outras crianças.*
*Na agência do FBI, a equipe de Ana analisa a foto e tornam nítida a imagem do assassino.*
Smith – Pronto, a cara do safado tá aí, não há dúvidas de que ele foi ele. Esse registro foi no exato momento em que vocês caíram dentro do lago e o pai dos dois pulou para os salvar.
Ben – O que você vai fazer, agente?
Smith – Buscar esse homem no sistema e investigar a vida dele, talvez através de algum parente possamos localizá-lo.
Kate – Ele não vai escapar da justiça, não mesmo!
*NA CAVERNA*
Ali [Olhando pela cachoeira] – Missy!
Cíntia – Ela não pode o escutar.
Ali – Não consigo entender como Deus pode amar Missy e deixá-la sofrer aquele terror sendo tão inocente e indefesa. Não merecia isso.
Cíntia – Eu sei, Ali.
Ali [Virando para ela] – Isso com certeza foi um castigo divino pelo que fiz ao meu pai, é injusto, ela não merecia, Nora não merecia.
Cíntia – Não me admira você estar afundado na mágoa, Alison, Papai não é esse Deus que você acredita. Nada disso ele fez.
Ali – Mas também não evitou que acontecesse.
Cíntia – Não evitou, pois o mal foi abraçado por vocês, humanos. Deus não precisa do mal para realizar seus propósitos do bem, o que ocorreu com a Missy foi obra do mal e todos estão sujeitos a isso enquanto houver uma segunda vontade governando. Em outras palavras, nenhum de vocês é alecrim dourado.
Ali – Ai, só que é tão doloroso pra mim, tem que haver uma solução viável,
Cíntia – E há, só precisa parar de castigar o Papai com sua visão distorcida sobre como deveria ser o mundo e passar a abraçar o seu amor.
Ali – Quero de verdade confiar no Papai e deixar de ser juiz.
*Missy se aproxima da cachoeira e o coração de seu pai é inundando de alegria e emoção. Ele lê seus lábios falando “eu te amo”.*
Ali [Alegre] – Também te amo, meu amor.
Cíntia – Ela não está lhe vendo, mas sabe que está aí.
*A menina dá tchau para o pai e volta a brincar com as crianças.*
Ali – Será que ela me perdoa por não ter a salvado a tempo?
Cíntia – Ali, não há nada a ser perdoado, você estava salvando seu filho de ser afogado, ninguém teve culpa. E mesmo que tivesse, o amor dela é maior que tudo isso.
*A sabedoria toca na cachoeira e a torna atravessável para Ali, que enxerga, através dela, o rio próximo à cabana.*
Cíntia – Aqui terminamos, por enquanto. Ainda tem muito mais à sua espera, pode ir.
*O pai de Missy atravessa a cachoeira e chega diretamente nas pedras à beira do rio.*
*DENVER – COLORADO*
*Durante a noite, na residência Williams, Nora junta os papéis picados que encontrou no lixeiro de Mary.*
Nora – Por fim, terminei… não dá pra acreditar, tá desenhado “socorro” aqui.
Kate – Mãe, finalmente conseguimos tempo, Ben e eu temos algo bombástico para dizer à senhora… algum problema, mãe?
Nora – Filhos, eu acho que a Mary, filha da Olívia e do José, está sendo vítima de abuso infantil por eles!
*_Não perca o próximo capítulo…_*
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