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*ENCONTRO MARCADO* 🛐
*Capítulo 04 • 23/09/2021*
*Alison fica confuso e ao mesmo tempo indignado após ler o bilhete.*
Ali – Que palhaçada é essa? Só pode ser uma brincadeira, e de muito mau gosto. Tem alguém aí? Apareça, essa piadinha não tem a menor graça!
*O pai de Kate entra na casa e vai direto para o quarto.*
Ali – Impossível isso, quem será que tá querendo tirar onda com a minha cara? Será que é o assassino? Será que ele tá tramando algo contra mim? Não, não tem como, ninguém além das pessoas que moram nessa casa conhece o apelido que usamos para Deus.
*Ali fica em dúvida, então resolve liga para Willie, pedindo que se encontrem na garagem da casa do amigo.*
*Enquanto isso, Nora estuda para a faculdade na mesa da sala, mas não consegue se concentrar, devido aos pensamentos recorrentes que a torturam.*
Nora – Meu Deus do céu, por que eu não consigo parar de pensar nessas coisas um minuto se quer? Preciso manter o foco para atingir minhas metas, mas tá muito difícil.
*A matriarca da família lembra de quando a agente Smith contou das outras quatro vítimas do assassino de meninas.*
Nora – Será que o corpo de minha filha nunca será encontrado? Ai, eu tento ser forte, mas não posso enganar a mim mesma. Preciso relaxar, já até sei como.
*A mulher levanta e liga pelo telefone para uma tia que mora em um sítio.*
📞 Nora – Titia, é a Nora falando, preciso muito de um favor seu. Se não for muito incômodo, claro.
*Na garagem de Willie, ele e Alison conversam sobre o bilhete.*
Willie — Não sei não, irmão, isso parece muito coisa de ficção, não faz sentido Deus se comunicar conosco através de bilhetes, com certeza foi alguém querendo brincar com o seu sofrimento, e se tiver sido o assassino querendo armar uma emboscada?
Ali – Pensei muito nisso, mas não tem como, só minha família usa o termo 'Papai', quem seria tão baixo assim? A não ser que eles tenham espalhado para mais alguém, mas acho que não.
Willie – É verdade, mas então, o que cê tá fazendo em fazer?
Ali — Ao mesmo tempo em que eu não quero ir, outra parte me impulsa a seguir o que essa carta tá pedindo, minha intuição gostaria muito de acreditar que Deus se importa o suficiente pra me escrever bilhete. Minha cabeça tá muito confusa e não sei o que pensar, penso que preciso agir logo, senão posso perder a Kate de vez, isso me destrói. Às vezes penso que o que aconteceu com a Missy foi uma forma de me castigar.
Willie — Castigar pelo quê?
Ali – Amigão, não te contei, mas antes da minha fuga de casa, eu coloquei pesticida nas garrafas de bebida do meu pai, eu estava desesperado, só pensava no quanto minha mãe e minhas irmãs iriam sofrer nas mãos dele quando voltassem e não hesitei em protegê-las antes de partir. Foi muito errado, mas eu era um pré-adolescente apenas.
Willie – Eu tô muito chocado, Ali, seu pai morreu envenenado?
Ali – Morreu, irmão, eu matei meu próprio pai, ele era um monstro, mas era meu pai, era uma vida e eu não tinha o direito de tirá-lo. Agora Deus usou minha filha para me fazer pagar pelo meu crime.
*O homem se aproxima do amigo e lhe dar um abraço para confortá-lo.*
Willie [Assustado] – Se acalme, o que aconteceu foi uma fatalidade e ninguém tem culpa, não foi castigo nenhum, e seu pai te fez sofrer demais, você só estava se defendendo e defendendo a sua família. Não se culpe por isso.
Ali – Obrigado pelo apoio, isso é um dos motivos de eu querer voltar àquela cabana, eu preciso ter esse "encontro", pode ser que eu vá perder meu tempo, mas essa dúvida precisa ser saciada. Portanto, estou decidido a ir até o local dos meus piores pesadelos.
Willie – Tudo bem, eu entendo seu lado e te apoio, vá, mas tome muito cuidado, irmão. Só que, vem cá, vai sair assim, sem mais nem menos? E a Nora, o Ben e a Kate?
Ali – Eles não podem ficar sabendo, caso contrário vão tentar me impedir, preciso dar um jeito de tirá-los de casa amanhã, com certeza amanhã mesmo eu já estarei de volta.
*Na residência Williams, Nora termina de falar com a tia pelo telefone e Kate desce do quarto.*
Kate – Tava falando com quem, mãe? Deve ter sido com alguém bem gagá, por que ninguém liga pra fixo em plena década de vinte, só os que estão presos na Idade da Pedra ainda.
Nora – Tava falando com a sua tia Carmélia, pedi a ela que nos deixe passar esse fim de semana em seu sítio, para relaxarmos um pouco e fugir dos problemas. Que tal? Ela aceitou nos receber.
Kate [Desanimada] – Pra mim tanto faz, nada mais empolga.
Ben – Ouvi lá da cozinha, mãe, super adorei a ideia, o sítio da tia Carmélia é irado e tomar um banho naquelas águas cristalinas vai ser um máximo. Eu tô super empolgado desde já.
Kate – Esqueceu que estamos no inverno e aquelas águas estão quase um gelo, sua anta?
*O pai da família entra na casa e a esposa lhe conta a novidade.*
Ali – Isso é bom demais, amor, mas infelizmente eu não vou poder ir, eu gosto muito da sua tia Carmélia, mas eu prefiro ficar em casa só e meditando, vai ser bom esse momento tentando me reencontrando.
Nora – Tudo bem então, se é o melhor para você, eu apoio e respeito, vamos amanhã pela manhã e voltaremos no domingo à noite.
*ANOITECE...*
*Na casa da família Jones, todos jantam e o pastor José conversa com a esposa.*
José – Meu amor, tenho uma ótima notícia para você, consegui um emprego num colégio cristão para dar aula às crianças e jovens, agora terei mais um emprego e vou poder dar a vocês muito mais do que eu podia antes.
Olívia – Oh, meu bem, você já é tudo que nós poderíamos ter, tô tão feliz por você. Ter feito faculdade de teologia foi uma escolha certeira.
Mary – Com licença, não tô com muita fome hoje, mamãe, vou dormir.
José – Ei ei, mocinha, cadê meu beijo de boa noite e a bença?
Mary – Desculpa, papai.
*A garotinha dá um beijo de boa noite no pai e recebe a benção dele, em seguida vai para o quarto dormir.*
José – A Mary tá estranha esses dias, não acha?
Olívia – Agora que você falou, ela tá mesmo, pode ser algum problema na escola, mas pode deixar que eu vou averiguar isso.
*NO DIA SEGUINTE...*
*Nora e os filhos se despedem de Ali e saem no carro rumo ao sítio de Carmélia. Imediatamente, o ex corretor se prepara para voltar ao local da tragédia.*
Willie – Ainda acho uma loucura e muito arriscado o que tu tá querendo fazer, deixa eu ir contigo pelo menos.
Ali – Sinto muito, chará, essa missão eu preciso fazer sozinho.
Willie – Sabia que diria isso, teimoso do jeito que é, por isso quero que leve isso com você. Só por precaução.
*O amigo de Ali lhe empresta um revólver, porém ele hesita em aceitar.*
Ali – Willie, sua intenção é boa, mas violência pra mim nunca resolveu nada e faz trinta anos que não toco numa arma.
Willie – Mas e se o maníaco estiver lá? O que vai fazer? Precisa estar preparado para o que pode estar te esperando. Violência em legítima defesa não é errado e nem crime.
*O pai de Ben continua hesitando, mas acaba cedendo e pega a arma. Ele a guarda no bolso.*
*O moço entrega a chave do seu jipe para Ali e se despede dele.*
Willie – Eu não deveria estar fazendo isso, mas irmãos são para essas coisas, para ajudar até mesmo nas loucuras. Volta mesmo hoje, a Nora e os meninos não merecem que você minta pra eles.
Ali – Eu sei, mas não podia contar a ela, não quero fazê-la sofrer mais do que já tá sofrendo. Até logo, meu amigão, e muito obrigado novamente.
*O pai de família viaja para Joseph no jipe do amigo e, após uma hora, chega ao local do pior dia de sua vida. Ele estaciona o jip no meio do mato e desce até encontrar a cabana abandonada.*
Ali [Tremendo] – Que frio é esse, gente? Espero não morrer congelado antes de realizar esse "encontro".
*Após andar um pouco, ele chega à cabana e arromba a porta para entrar. O pai de Missy entra apontando a arma.*
Ali – Tem alguém aí? Você tá aqui, assassinado da minha filha? Apareça se estiver.
*A voz do homem ecoa pela pequena casa e, após perceber que está vazia, todos os acontecimentos invadem sua mente de uma vez, fazendo-o cair no choro.*
Ali [Chorando] – Desculpa, meu amor. Por que, Deus? Por que tá fazendo isso comigo? Não foi suficiente ter matado minha filha e ainda quer me torturar com essas lembranças?!
*Ele é tomado pela fúria e começa a destruir tudo que pode, carrega uma cadeira e a joga na janela, fazendo o vídeo quebrar.*
Ali – Eu odeio você!
*O ex corretor se deita no chão próximo à mancha de sangue e a toca suavemente.*
Ali [Entristecido] – Me desculpe, meu amor, não pude te proteger. Você não deixou nem que eu me despedisse dela, que a enterrasse, e agora, onde está? Será que você existe mesmo? Acho que não, nunca esteve comigo, nem quando eu penava nas mãos daquele monstro, nem quando minha Missy foi arrancada de mim e nem agora!
*A grande depressão invade e atormenta o interior de Alison ao ponto dele sentir a arma em seu bolso e a ideia de tirar a própria vida vir a mente. Ele a tira do seu bolso e a aproxima de sua cabeça.*
Ali [Nervoso] – Seria a opção mais fácil, mas não a melhor, eu acabaria com a minha dor, mas causaria ainda mais dor nas pessoas que amo. Meu corpo inteiro treme de frio, minha vontade era de congelar e não acordar mais, estou tão cansado.
*Ele se encosta na parede, se deita e cochila por alguns minutos. Em seguida acorda e se levanta.*
Ali – Nada, ingenuidade minha acreditar que Deus mandaria recado pra mim.
*O ex corretor sai da cabana e caminha até o carro para retornar ao lar. Até que, de repente, percebe a neve passar, o sol raiar, passarinhos voarem, uma linda vegetação aparecer e fumaça sair pela chaminé.*
*O marido de Nora esfrega os velhos achando que está enxergando mal e passa a achar que está tendo um surto psicótico. Ele se aproxima da cabana desgastada, que virou um chalé bem preservado e bonito.*
Ali – Estou ficando louco, isso não pode ser real.
*O pai de Ben anda até a porta e, ao aproximar a mão para bater, a porta se abre automaticamente. Ele entra e é recebido por uma mulher negra e alegre.*
Papai – Alison, que bom te ver, olha como está crescido, estava tão ansiosa para vê-lo. Não sabe o quanto o amo.
*_Não perca o próximo capítulo…_*
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