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(Abertura)
*TONS DE PELE EPISÓDIO 07*
_Série escrita e criada por Leonardo Lima_
_*Direção artística:* Caio Assunção_
*CENA 1. MANSÃO OLIVEIRA SIMÕES. SALA. INTERIOR. MANHÃ*
_Paulo Roberto pergunta a Alfredo_
Paulo Roberto – Senhor Alfredo, o que você faz aqui?
Alfredo – Vim te entregar essa carta.
*Paulo Roberto recebe a carta de demissão e rasga.*
Paulo Roberto – Não vou assinar essa carta.
Alfredo – Você ficou maluco? Porque rasgou a carta de demissão seu assassino de merda?
Paulo Roberto – Primeiro, eu não sou o assassino da sua filha e segundo, você abaixa esse tom porque está na minha mansão.
Alfredo – Não seja ridículo, se você tem tudo isso foi graças a mim.
Paulo Roberto – Graças a você? Alfredo, eu nunca escondi que eu era rico. Tanto que quando o Banco Prisma enfrentou um grande colapso financeiro, fui eu que fiz o banco se livrar das dívidas e liquidei todas elas. Você só tem nome, mas não tem prestígio, não tem nada, nem a mansão onde você mora não lhe pertence.
Alfredo – Maldito, o que você com aqueles documentos que pedi para guardar.
Paulo Roberto – Usei a meu favor. Fui eu que comprei a sua mansão com o dinheiro das minhas ações no mercado, se esqueceu de que você estava falido? Sem ter onde cair morto? Esqueceu-se de que me rebaixava de cargo e me colocar nas filias do Prisma porque não suportava meu crescimento no banco?
Alfredo – Nunca fiz isso com você.
Paulo Roberto – Fez sim! Não me esqueci das piadas pejorativas que você fazia só por eu ser negro.
Alfredo – Mas não justifica você usar todos os bens a seu favor.
Paulo Roberto – Tenho total direito para fazer isso e tem mais, os documentos foram lavrados no cartório. Ou seja, sua mansão, seus aviões, jatinho particular e suas propriedades agora para ser de meu âmbito.
Alfredo – Miserável! Filho da puta, vou acabar com seu prestígio no mercado publicitário.
Paulo Roberto – Se quiser acabar comigo, te dou todo o apoio. Porém, esses documentos podem cair nas mãos dos jornalistas, eles iriam amar.
*Alfredo agride Paulo Roberto e os dois trocam socos. Ao escutar a confusão, Paulina separa a briga e pergunta:*
Paulina – O que está acontecendo aqui?
Paulo Roberto – Esse miserável veio me ofender.
Alfredo – Isso não vai ficar assim. Escuta o que eu estou dizendo.
Paulina – Chega de confusão senhor, por favor, se retire.
*Alfredo se retira, faz gestos obscenos na fachada da mansão, chama o empresário de macaco e vai embora.*
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*CENA 2. ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. SALA. INTERIOR. MANHÃ*
_Ana Carolina conversa com Heloísa sobre as provas encontradas no escritório de Paulo Roberto._
Ana Carolina – Menina se lembra daquelas provas? Estão nas mãos do Joás
Heloísa – Joás é um ótimo perito. Ele é muito melhor que a delegada.
Ana Carolina – Não consigo confiar na delegada Sara. Ela passa uma péssima impressão. Eu não posso dizer isso abertamente.
Heloísa – Porque amiga?
Ana Carolina – As militantes podem tratar isso como rivalidade feminina.
Heloísa – Mas você não é obrigada a confiar na delegada que acusa seu marido pelo crime que ele não cometeu.
Ana Carolina – Ah, hoje em dia tudo beira ao extremo, estou até acostumada. E ai, como anda seus clientes?
Heloísa – Sem nenhuma novidade! Agora tenho que ficar presa num processo de divórcio de um casal complexo.
Ana Carolina – Minha Nossa Senhora, você só pega essas causas de divórcio.
Heloísa – Parece que esses casais me amam.
Ana Carolina – Enfim, vamos trabalhar.
*Heloísa e Ana Carolina retomam os trabalhos.*
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*CENA 3. CASA DOS VIANA MIRANDA. SALA. INTERIOR. MANHÃ*
_No horário do almoço, Allan passa em casa para conversar com Cléo._
Allan – E ai Cléo, como anda as coisas aqui em casa?
Cléo – Agora se lembrou de que tem casa? Que tem uma filha?
Allan – Sempre me preocupo com você e com a Vitória
Cléo – Não parece! Você dorme fora de casa, aparece aqui quando quer. Nem faço questão de te procurar.
Allan – Mas eu faço. Cléo entenda que meu trabalho é puxado, o trânsito do Rio é uma merda, porque você não me compreende?
Cléo – Porque cansei de ser a otária da história. Sei muito bem como é a sua rotina de Office boy. Também sei que não é fácil encarar a realidade sendo chamado de assassino pelas pessoas, ser confundido com um bandido. O que não me entra na cabeça são seus sumiços, suas traições.
Allan – Eu nunca te trai.
Cléo – Traiu sim e com vagabunda da Mirinha.
Allan – Eu nunca tive caso com ela. Se ela é louca por mim eu não posso fazer nada. Assim como sei que Oliver é doente por você.
Cléo – Não toque no nome desse cafajeste.
Allan – Eu apenas disse a verdade!
Cléo – Então pode voltar a trabalhar. Eu tenho que retornar para o Leblon, meu patrão me espera.
Allan – Eu te dou uma carona.
Cléo – Não precisa, eu viro sozinha.
*Cléo sai de casa e Allan observa a ex.*
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*CENA 4. MANSÃO DOS VIEIRA BASTOS. VARANDA. EXTERIOR. MANHÃ*
_Na varanda, Hélio se encontra com Alice._
Hélio – Dona Alice, trouxe aqueles documentos que você pediu.
Alice – Ótimo. E ai, pagou aqueles rapazes que eu te pedi?
Hélio – Sim senhora. E eles prometeram não abrir o bico.
Alice – Agora a pouco questionei o Afonso e ele está assustado
Hélio – O que ele te disse?
Alice – Ele quer nos proteger andando armado dentro de mansão
Hélio – É tudo papo furado. Ele é o verdadeiro assassino de Cindy e tenho como provar isso.
Alice – E porque está tão interessado no assassinato da minha filha?
Hélio - Por nada e você sabe que eu o amava.
Alice – Eu sei disso, não precisa me dar explicações. Pode se retirar.
Hélio – Tenha um bom dia.
*Alice abre a pasta e dá um sorriso com o conteúdo.*
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*CENA 5. PRAÇA QUINZE. EXTERIOR. MANHÃ*
_Eliza conversa com Doroteia sobre os namoros de Gustavo._
Eliza – Enquanto eu estiver no Brasil, Gustavo terá que parar com os namoricos dele.
Doroteia – Ih Dona Eliza, eu se fosse você não se metia nisso. Já deu ruim quando tentei intervir.
Eliza – Eu não gosto desses relacionamentos casuais. Essas mulheres não querem nada com ele, só sexo.
Doroteia – A senhora fala como se Gustavo fosse santo.
Eliza – Eu conheço o irmão que tenho, e por isso que estou dizendo isso.
Doroteia – Falando nele, está preparada para o julgamento dele?
Eliza – Posso ser sincera? Não! Gustavo se meteu com gente que é maior que a gente.
Doroteia – Olha pelo que eu sei, a família Vieira Bastos não é lá grandes coisas.
Eliza – Mas eles são banqueiros, se esqueceu?
Doroteia – De que adianta serem banqueiros falidos.
Eliza – O que? Conta-me esse babado.
Doroteia – Vamos aproveitar essa caminhada para te contar os pormenores.
*Eliza fica chocada com as revelações feitas por Doroteia.*
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*CENA 6. 9ª DP. SALA DA DELEGADA. INTERIOR. MANHÃ*
_Joás pega o envelope da cadeira e fica pasmo com a quantidade de dinheiro dentro._
Joás – Quanto dinheiro!
Sara entra e pergunta:
Sara – O que você está fazendo aqui?
Joás – Eu é que pergunto, que envelope é esse Sara?
Sara – Não sei de envelope nenhum.
Joás – Estava aqui na sua sala e cheio de dinheiro.
Sara – Eu desconheço o conteúdo desse envelope e nem sei quem deixou ai.
Joás – Sara não minta e me diga, você está sendo comprada pela família Vieira Bastos para culpar os rapazes.
Sara – Não fale o que você não sabe.
Joás – Está ou não está se deixando levar por essa família? Me diga!
*Sara encara Joás*
_Fim do episódio 07_
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